Lisboa, 6 de Outubro de 2016.
O setor tomou conhecimento de que o Governo está a estudar a possibilidade de aplicar um novo imposto sobre os vinhos. Condenamos veementemente a aplicação de mais impostos num setor que representa mais de 200 mil empregos, que exporta mais de 730 milhões de euros e que é um setor vital para as exportações do ramo agro-alimentar e que em muito contribui para a imagem positiva do nosso país. Lembramos ainda que a vitivinicultura é muito importante para a manutenção das comunidades rurais e para o ordenamento do território, existindo muitas zonas do país totalmente dependentes desta atividade. O vinho é também a bebida alcoólica que maior valor nacional incorpora.
Com um imposto adicional sobre os vinhos, assistiremos a um aumento dos preços e a uma inevitável quebra no seu consumo, que acentuará a atual tendência de redução do consumo verificada no mercado nacional, provocando consequências negativas em toda a cadeia de produção e afetando seriamente outros setores com ela relacionados.
Esta perda de negócio, comprometendo todas as empresas, poderá colocar em causa a sobrevivência de pequenas empresas, cooperativas e produtores-engarrafadores, conduzindo ao agravamento do desemprego e falências.
Numa altura em que os operadores económicos já estão a viver sérias dificuldades resultantes da crise em Angola, um novo imposto significaria, em muitos casos, a falência e abandono de atividade, com graves consequências económicas e sociais, pondo mesmo em causa a sua competitividade e deitando por terra todo um grande esforço de procura de mercados externos alternativos.
ACIBEV, Associação de Vinhos e Espirituosas de Portugal
AEVP, Associação das Empresas de Vinho do Porto
ANDOVI, Associação Nacional das Denominações de Origem Vitivinícolas
CAP, Confederação dos Agricultores de Portugal
FENADEGAS, Federação Nacional das Adegas Cooperativas
FENAVI, Federação Nacional dos Viticultores Independentes
FEVIPOR, Federação dos Viticultores de Portugal