“As cooperativas vinícolas de Espanha, França, Itália e Portugal, que representam 50% da produção vinícola da União Europeia (UE), pediram à Comissão um orçamento extraordinário para o sector vitivinícola.

Numa carta dirigida ao Comissário da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Janusz Wojciechowski, carta essa que foi assinada pelo Presidente da FENADEGAS enquanto Vice-Presidente da CONFAGRI e por mais três organizações representativas das adegas cooperativas europeias — Coopération Agricole França, Alleanza delle Cooperative Itália, e Cooperativas Agro-alimentar de España —, foi apresentada a “grave situação que o sector atravessa depois de um ano de confinamento e das restrições da pandemia, que provocaram a diminuição do consumo de vinho em todo o Mundo e a consequente queda nas exportações, tanto em volume como em preço”.

As existências de vinho na UE são elevadas e a nova vindima terá início dentro de 5 a 6 meses, poderão agravar a situação pelo que “é necessário estabelecer um orçamento extraordinário equivalente ao orçamento anual do programa de apoio ao sector vitivinícola”.

Isto para cada Estado-membro “implementar medidas urgentes adaptadas às suas reais necessidades e que permitam a melhoria da situação do mercado, trabalhando em medidas de promoção e estímulo à procura para aumentar a competitividade do sector”.

Apoios insuficientes

A Comissão Europeia flexibilizou as medidas de execução do programa de apoio ao sector vitivinícola, medidas que são benéficas para o sector, mas “neste momento são totalmente insuficientes”.

As adegas cooperativas também recordaram ao Comissário que, em 2021, o orçamento foi reduzido em 3,9% nos diferentes Estados-membros para a gestão do programa de apoio.

A Cooperativas Agroalimentares de Espanha “apoia e agradece que o ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação, Luis Planas, tenha incluído na reunião do Conselho de Ministros da Agricultura da UE no dia 22 de Março, a possibilidade de viabilizar fundos extraordinários para o sector vitivinícola”, e espera que o resto dos países produtores “adoptem medidas, uma vez que é improvável que o consumo de vinho se recupere no curto prazo, devido aos seus fortes laços com o sector HoReCa, turismo e celebração de eventos e festas”.

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